O candidato derrotado à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), ampliou de forma tímida o patamar de sua votação na eleição de 2020, quando enfrentou Bruno Covas (PSDB). Com 100% das urnas apuradas, Boulos recebeu apenas 155 mil votos a mais do que há quatro anos e ganhou em apenas três zonas eleitorais da capital paulista. Foram 2,3 milhões de eleitores contra 2,1 milhões em 2020 – 7% a mais apenas, apesar do apoio do presidente Lula e da máquina federal.
Geograficamente, o desempenho do psolista ficou bem abaixo do alcançado em 2020, quando venceu em 20 zonas eleitorais – incluindo a Zona Sul, uma das regiões mais carentes de São Paulo e que também é reduto do prefeito reeleito, Ricardo Nunes (MDB). Desta vez, venceu apenas em Bela Vista, Piraporinha e Valo Velho.
Os números também indicam que a indicação de Marta Suplicy (PT) para a vice de Boulos, um movimento costurado pessoalmente por Lula, não trouxe os dividendos esperados para a campanha do PSOL. Marta tem bom histórico de votação nas periferias paulistanas, inclusive na última eleição que disputou como cabeça de chapa, em 2016.
Apesar do favoritismo de Nunes, o desempenho do candidato do PSOL no segundo turno era tido como um termômetro para o futuro político de Boulos e de uma possível validação como sucessor político de Lula, como mostrou O GLOBO neste domingo.
Abertas as urnas, porém, o candidato amargou uma derrota maior do que indicaram as pesquisas nesta reta final. O levantamento da Quaest divulgado no sábado, por exemplo, indicava o emedebista com 55% contra 45% do psolista. O resultado final foi de 59,3% contra 40,6%.
Considerando que Boulos teve 2,1 milhões de votos em 2020, quando concorreu como azarão no governo Jair Bolsonaro e avançou para o segundo turno superando figuras de peso da política paulista como Márcio França (PSB) e Celso Russomanno (Republicanos), e agora recebeu o apoio de de 2,3 milhões de eleitores, fica evidente que o apadrinhamento pelo presidente da República não moveu peças suficientes no tabuleiro eleitoral.
O irônico é que o adversário de Boulos também não demonstrou muito mais força do que ele. Nunes superou a votação de Bruno Covas em 2020 também por muito pouco, mesmo com a máquina da prefeitura na mão e o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nesta eleição, foram 3,3 milhões de votos contra 3,1 milhões de Covas, que disputou a prefeitura com seu partido no comando da prefeitura e do Palácio dos Bandeirantes. Covas morreu em 2021, menos de um mês após a eleição, vítima de um câncer.
Guilherme Boulos aceita convite para sabatina de Marçal
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