Como a inflação afeta o pequeno negócio?
Escrito por Henry Kupty, especialista em administração e finanças
O assunto inflação tem ganhado grande notoriedade na imprensa, em círculos empresariais e na sociedade por conta da retomada de crescimento inflacionário no país. Apesar de ser uma figura invisível nas demonstrações financeiras, não podemos deixar de considerar os seus efeitos no desempenho empresarial. O crescimento excessivo é um fenômeno econômico que, ao longo do tempo, influencia as operações existentes, principalmente as que são de longo prazo.
As pequenas empresas precisam estar atentas na fase de aumento de inflação, pois esse é um jogo de equilíbrio de forças positivas e negativas do negócio. Para competir, o gestor tem dois caminhos: o de fazer maior volume e ter margens menores equivalentes aos que seus concorrentes oferecem; ou então proporcionar um produto ou serviço que conceda algum benefício único para criar uma chance dessa organização crescer por meio do diferencial oferecido aos consumidores.
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Se a empresa estiver muito bem de caixa, ela poderá manter um volume maior para seus principais itens de linha e negociar junto aos fornecedores. Caso contrário, se estiver apenas em equilíbrio financeiro, ela deverá ter seu estoque reduzido e com produtos que tenham um rápido giro, pois os altos níveis de estoque não são benéficos. Na prática, se não girar rapidamente, a empresa estará estocando despesas (com custos de fabricação, manutenção, armazenamento e distribuição dos mesmos) e na hora da recomposição dos seus níveis de estoque, pagará mais caro por eles, inclusive pelo efeito inflacionário.
Henry Kupty é coordenador do curso de administração da FMU.
Fonte: EXAME
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