No segundo mês do ano, as contas do governo central fecharam no vermelho. Desta vez, o resultado do Tesouro Nacional mostrou que o rombo foi ainda maior, e alcançou deficit de R$ 58,4 bilhões em fevereiro – o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1997. No mesmo mês do ano passado, o resultado foi negativo em R$ 41 bilhões, em valores nominais.
Diante disso, o governo central registrou deficit de R$ 212,2 bilhões ao analisar os últimos 12 meses, o que equivale a 1,66% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor é calculado pela diferença entre as receitas e as despesas e leva em conta os dados do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC), além de excluir as despesas com a dívida pública.
No mês de fevereiro, o resultado foi formado por um deficit de R$ 34,7 bilhões do Tesouro; de R$ 23,9 bilhões da Previdência Social; e superavit de R$ 38 milhões do Banco Central. A meta estabelecida para o resultado primário deste ano é de zero. No entanto, os ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda projetam um resultado negativo de R$ 9,3 bilhões.
Nos dois primeiros meses deste ano, as contas do governo central acumulam superavit de R$ 20,9 bilhões. Mesmo positivo, o resultado é o pior desde 2020. Além disso, o governo recebeu R$ 3,77 bilhões em dividendos de empresas estatais no mês passado, valor bem superior aos R$ 84,3 milhões obtidos no mesmo mês de 2023.
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