O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) condenou a decisão do Conselho da Petrobras de aprovar a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários, equivalente ao último lucro líquido remanescente divulgado pela companhia.
Após a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da estatal, ocorrida na noite desta quinta-feira (26/4), no qual foi confirmada a distribuição dos valores, o diretor técnico do Ineep, Mahatma Ramos dos Santos, comentou que a medida contraria os “interesses da sociedade brasileira”.
Para o diretor, a medida não está alinhada com os interesses de longo prazo da companhia e da sociedade brasileira, tais como novos investimentos em transição energética, abastecimento e segurança nacional. A proposta de distribuição de metade do lucro líquido da estatal foi defendida pelo presidente da companhia, Jean Paul Prates.
O diretor ainda acrescentou que, com a aprovação do valor de R$ 21,9 bilhões, a Petrobras e seu acionista controlador teriam se rendido às pressões do mercado. Ele citou, ainda, que no ano passado foram distribuídos R$ 94,35 bilhões aos acionistas, valor que fica atrás somente dos dois últimos anos do governo Bolsonaro (2021 e 2022), quando a média anual de pagamentos foi de R$ 155,7 bilhões.
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