Liderados pelo CEO da Future Carbon, Fabio Galindo, um grupo de sete executivos da empresa anunciou hoje a compra do controle da companhia, a mudança de marca e uma nova estratégia para atender toda a jornada climática, em uma plataforma de negócios end to end.
A meta da nova Future Climate é alcançar uma gigatonelada de emissões evitadas e captura de carbono até 2050
Fabio Galindo (centro, ao fundo) e o grupo de executivos que adquiriu o controle da companhia (da esq. para a dir.): Cíntia Donato, Guilherme Prado, Rafael Borgheresi, Flávia Galindo, Pedro Plastino, Laura Albuquerque e João Pedro Goulart Fernandes
São Paulo, 08 de agosto de 2024 – Em um movimento estratégico significativo, o Future Carbon Group, liderado por seu CEO, Fabio Galindo, anunciou hoje ao mercado que seu controle foi 100% adquirido pelos executivos da empresa e pelo investidor e apresentador Luciano Huck, que aumentou sua participação na companhia.
Os valores envolvidos na aquisição foram baseados no volume de créditos de carbono que a Future tem sob sua gestão, hoje em torno de 138 milhões de créditos. O portfólio de projetos é diversificado, alocado essencialmente em energias renováveis. São 36 projetos de geração de créditos de carbono no total, distribuídos entre energias renováveis (24) e florestas e agro (12), perante as três maiores Certificadoras globais: Verra/VCS (USA), Gold Standard (SWZ) e GCC (Catar). A transação envolveu a compra da participação de um investidor internacional, que detinha 46% do negócio, tornando a empresa 100% brasileira. Agora, 98% do capital pertence aos executivos, com os 2% restantes pertencentes a Luciano Huck – que detinha 1% da Future Carbondesde o início da empresa, em 2021. “Nossa decisão de reinvestir 100% na companhia demonstra nossa confiança na expansão do negócio, pois temos uma plataforma sólida e um time altamente qualificado”, afirma Galindo.
A aquisição marca uma das maiores operações recentes no mercado de clima e carbono no Brasil, no auge da agenda climática global e com o país posicionado no centro das atenções desse cenário. Há uma crescente demanda por ativos ambientais, que tem sido impulsionada pela presidência do Brasil no G20 e pela aproximação da COP30, em novembro de 2025, em Belém. Além disso, o Congresso Nacional está em vias de aprovar a regulamentação do mercado brasileiro de carbono, o que trará mais segurança jurídica e estabilidade.
O país tem testemunhado grandes movimentações no mercado do clima, em especial nos dois últimos anos. Grandes bancos, como Santander, IBBA e BTG anunciaram investimentos em empresas de carbono. E gestoras como EBCapital, GEF, Vinci Partners e Perfin anunciaram captações relevantes para investir na agenda, o que sinaliza que o mercado climático brasileiro deve passar por uma competição acirrada de capital em busca de plataformas.
A operação da Future pegou o mercado de mudanças climáticas de surpresa. “Este foi um movimento inteligente e surpreendente”, revelou um analista de banco internacional que cobre a agenda de clima no país. Com grandes bancos procurando ativos para investir, e fundos internacionais e nacionais super capitalizados, seria esperado que a empresa trouxesse um sócio de peso. Mas a Future se manteve fiel à execução de seu plano de negócios, e os executivos líderes preferiram, ao invés de buscar dinheiro novo, fazer o buy in, investindo em 100% da empresa.
“Ainda chegará o momento certo de irmos a mercado, em busca do parceiro estratégico certo. Agora, é hora de focarmos dentro de casa, na nossa estratégia e na execução do nosso plano de negócios e nas entregas de qualidade para os nossos clientes”, diz Fabio Galindo
A nova Future Climate
Com a aquisição do controle, a Future Carbon passa a se chamar Future Climate e amplia sua atuação para muito além do crédito de carbono. “Nós somos uma plataforma completa de negócios climáticos, com cinco etapas”, declara Galindo, ao descrever a nova estrutura de negócios, que foca em educação, consultoria, desenvolvimento de projetos de geração de carbono, investimentos e em uma fundação. Essas áreas são complementadas por duas outras frentes: restauração florestal e transição energética. Cada vertical possui autonomia de gestão e estratégias próprias, o que garante mais possibilidades de negócios ao grupo.
“Passamos da agenda de carbono para a agenda clima; passamos de desenvolvedor de projetos para investidor climático”, descreve o CEO. Galindo destaca que a transformação reflete uma ampliação da visão estratégica. “O ângulo de créditos de carbono (offset) é apenas uma parcela da grande estratégia de clima, que é baseada em outras camadas, como redução de emissões, mitigação climática, adaptação climática, e só depois vem a compensação. Vamos trabalhar com a agenda do clima 360 graus”, afirma ele.
Em vez de se concentrar apenas em desenvolver projetos, a estratégia da nova Future Climate é usar a inteligência adquirida para direcionar investimentos climáticos. “Montamos dois fundos de investimentos climáticos. O primeiro, focado em Climatechs(tecnologias de descarbonização), e segundo, focado em projetos de geração de créditos de carbono de alta integridade, especialmente de restauração nativa de florestas (remoção de carbono)”, conta Galindo. “Passamos de carbono para clima, e de player desenvolvedor para player financeiro. Decidimos, como time, atuar naquilo que realmente muda o ponteiro da agenda climática global: o foco no clima e na atração e aplicação do capital climático on the ground.”
De acordo com a visão do executivo, o mercado está em busca de respostas efetivas diante da emergência climática. “Nosso time tem expertise, tem inteligência de mercado, o que nos faz ter essas respostas”, diz ele. “Adquirirmos uma inteligência especial nessa jornada, e vamos traduzir isso em investimentos de qualidade, efetivos do ponto de vista climático, e de bom retorno em múltiplos, do ponto de vista financeiro. Ainda vai levar um tempo para Wall Street e a Faria Lima chegarem ao interior do Pará. Queremos ocupar esse espaço e acelerar esse processo.”
A meta da empresa é alcançar uma gigatonelada de emissões evitadas e captura de carbono até 2050. “Essa é a nossa contribuição para a agenda climática global”, declara Galindo.
Crescimento exponencial
Em 2024, a receita líquida projetada é de R$ 54 milhões, um crescimento superior a 400% em relação a 2023, com uma margem EBITDA de 70%. “Nós começamos a operar em 2021 e crescemos de maneira exponencial”, comenta Galindo. “Começamos com apenas um funcionário, e agora temos uma equipe de 100 pessoas, razão pela qual nosso foco maior é em gestão e execução do nosso plano de negócios.”
Esse crescimento impressionante, obtido em apenas três anos de operação, foi impulsionado pela abertura de novos escritórios em Londres e Abu Dhabi, facilitando o acesso a investidores internacionais e atraindo capital internacional para o Brasil.
A empresa tem, em sua carteira de clientes, bp, Casa dos Ventos, Cibiogas, ComercEnergia, CPFL Energia, Engie, FS – Fueling Sustainability, Grupo Boticário e Klabin; e parceiros como Banco do Brasil, BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Nubank, Patria, Vinci Partners, XP.
Sobre a Future Climate
A Future Climate é uma plataforma de negócios climáticos, que apresenta soluções de ponta a ponta para o ecossistema, atuando em setores estratégicos da economia brasileira com o objetivo de acelerar uma transição climática justa e impactar positivamente o Planeta. A empresa utiliza uma metodologia diferenciada, combinando expertise em educação climática, consultoria climática, finanças climáticas, transição climática com foco em energias renováveis, restauração florestal e sistema agroflorestais de baixo carbono, concessões florestais de conservação e investimento de impacto.
Para mais informações, visite nosso site: futureclimate.com
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